Nao quero ouvir o teu corpo solucar no meu... Comeca a ser atroz a ideia de nao lhe tocar...
Passeias diante de mim exibindo os teus labios que desejei tocar... E toquei.
Demonio de calcas justas, cabelo erguido, camisa de fina linha, casaco que carrega historia...
Quantas vezes?Diz, quantas vezes te fiz meu?
Nao te lembras...E eu faco por esquecer.
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
Besta
Sinto nojo que alguma vez o teu corpo tenha pousado no meu.
Repugnancia, horror, sai besta!
Realmente foste bem usado, nao serves para mais nada a nao ser essa condicao de anormal que te foi dada. Nao digas jamais que encostas mao tua em meu corpo.
Falsidade em forma Humana, crueldade a ti ja nem te diz nada porque a muito que ja e tua amiga de estrada.
Repugnancia, horror, sai besta!
Realmente foste bem usado, nao serves para mais nada a nao ser essa condicao de anormal que te foi dada. Nao digas jamais que encostas mao tua em meu corpo.
Falsidade em forma Humana, crueldade a ti ja nem te diz nada porque a muito que ja e tua amiga de estrada.
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
Hit the road Jack
Enquanto um unchain my heart me ocupa o tempo, ele olha.me do outro lado do cafe enquanto todos estao concentrados no jornal.
Entre a televisao e a cerveja negra como a sua pele, olha.me de suave, disfarco, finjo nao ser nada comigo mas ate as mesas ja o sabem que o desejo de lhe falar e grande.
Desejo que o seu nome seja Jack.
Entre a televisao e a cerveja negra como a sua pele, olha.me de suave, disfarco, finjo nao ser nada comigo mas ate as mesas ja o sabem que o desejo de lhe falar e grande.
Desejo que o seu nome seja Jack.
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
Casa Nova
E hoje assim foi, um sobe e desce de escadas, ouvia gritos de desespero para nao deixar cair a jarra.
Entre goles de vinho e cigarros la fui eu subindo e descendo.
Gostei, gostei da sensacao de casa nova (mesmo nao sendo minha).
Esqueci.me de tormentos, por algumas horas estiveram guardados na gaveta da casa velha.
Gosto dela tem umas janelinhas pequeninas com vista para uma das ruas escuras da cidade, e tudo parece bem pequenino visto de cima.
Entre goles de vinho e cigarros la fui eu subindo e descendo.
Gostei, gostei da sensacao de casa nova (mesmo nao sendo minha).
Esqueci.me de tormentos, por algumas horas estiveram guardados na gaveta da casa velha.
Gosto dela tem umas janelinhas pequeninas com vista para uma das ruas escuras da cidade, e tudo parece bem pequenino visto de cima.
domingo, 5 de outubro de 2008
Ontem a noite
Ontem vivi o que me faltava
a loucura o desejo de violencia que ha muito de mim se apoderava.
Deitei tudo quando havia para fora e no fim so desejei mais e tive, o muito mais.
De manha ja nada disso existia e o vazio continuou .
Ora bem vem ai mais uma semana...
a loucura o desejo de violencia que ha muito de mim se apoderava.
Deitei tudo quando havia para fora e no fim so desejei mais e tive, o muito mais.
De manha ja nada disso existia e o vazio continuou .
Ora bem vem ai mais uma semana...
terça-feira, 30 de setembro de 2008
Acabar
Acabas por ficar sozinho.
O que farias tu se o mundo acabasse amamhã?
Pensarias tanto em que fazer que o mundo acabaria antes de uma decisão.
Triste português cobarde queres tudo mas não terás nada pois tu não passas de palavras, essas que cruas e mal ditas me atiram para uma profunda consciência, essa coisa que eu nunca tive e me obrigas-te a conheçer.
O que farias tu se o mundo acabasse amamhã?
Pensarias tanto em que fazer que o mundo acabaria antes de uma decisão.
Triste português cobarde queres tudo mas não terás nada pois tu não passas de palavras, essas que cruas e mal ditas me atiram para uma profunda consciência, essa coisa que eu nunca tive e me obrigas-te a conheçer.
quarta-feira, 3 de setembro de 2008
Nervoso miudinho
Este nervoso miudinho esta a dar comigo em doida.
Quero algo e nao consigo descobrir o que.
Espero que isto nao mate.
Quero algo e nao consigo descobrir o que.
Espero que isto nao mate.
quarta-feira, 20 de agosto de 2008
Alguem
Alguem abusa de mim
Alguem me tira a respiracao
Alguem nao me deixa olhar
Alguem me corta movimentos
Alguem me ama
Alguem dorme comigo
Alguem me deseja
Alguem mente
Alguem me acha doida
Alguem me vira as costas
Alguem diz gostar
Alguem me faz sentir mulher
Alguem mas eu nao sei quem.
Alguem me tira a respiracao
Alguem nao me deixa olhar
Alguem me corta movimentos
Alguem me ama
Alguem dorme comigo
Alguem me deseja
Alguem mente
Alguem me acha doida
Alguem me vira as costas
Alguem diz gostar
Alguem me faz sentir mulher
Alguem mas eu nao sei quem.
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
Um elogio ao amor puro
"Quero fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão.Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria.Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo". O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem.A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas.Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido,do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço.Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá tudo bem, tudo bem", tomadores de bicas,alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas. Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo?O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental".Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance,gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja.Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender,não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar. O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto.O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A"vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não dá para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar acorrer atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende. O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não está lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem.Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado,viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir.A vida é uma coisa, o amor é outra.Só um mundo de amor pode durar a vida inteira e valê-la também".
Miguel Esteves Cardoso
Miguel Esteves Cardoso
segunda-feira, 11 de agosto de 2008
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
Blues
Fim do dia,sexta feira,Nova Iorque 22 da noite pequenos aguaceiros taxis em loucura policia fazendo a ronda e homem dos "hot dogs" a gritar desconto, e ai vem ele homem completamente cansado sem vontade de ir para casa ouvir a mulher e os seus dois filhos.Entra num bar proximo do seu local de trabalho.
Ao entrar ve que esta para comecar um espetaculo de musica, nao conhece o artista mas resolve ficar no ar encontra homens que transpiram a mesma sensacao de rotina e a tentam afundar em copos de whiskey, adulteram o espirito ficando virtuoso.
Nao se veem mulheres mas eles tambem as dispensam os cabelos grisalhos afirmam muitos amores por ali passados e casaram com a errada porque seria a certa.
Aproximam dialogos num tom de desabafo da semana, negocios falhados, filhos adolescentes que nao param de gritar, esposa em esgotamento.
E o espetaculo comeca e por momentos so vivem o sabor do cigarro, o trago do whisky e o som do blues.
Ao entrar ve que esta para comecar um espetaculo de musica, nao conhece o artista mas resolve ficar no ar encontra homens que transpiram a mesma sensacao de rotina e a tentam afundar em copos de whiskey, adulteram o espirito ficando virtuoso.
Nao se veem mulheres mas eles tambem as dispensam os cabelos grisalhos afirmam muitos amores por ali passados e casaram com a errada porque seria a certa.
Aproximam dialogos num tom de desabafo da semana, negocios falhados, filhos adolescentes que nao param de gritar, esposa em esgotamento.
E o espetaculo comeca e por momentos so vivem o sabor do cigarro, o trago do whisky e o som do blues.
quarta-feira, 23 de julho de 2008
Dizem
Sinto que a revolta se apodera das minhas ideias.
Na verdade, ja rasguei umas quantas folhas por achar que as palavras nao soavam bem.
Continuam a nao soar mas... ha qualquer coisa que preciso de dizer e nao posso deixar de faze.lo, porque isso sim seria esmagar uma parte da minha personalidade.
E inevitavel deixar.me invadir por emocoes. Vejo, ouco e sinto demasiadas coisas que passam ao lado e que, simplesmente, sao banalizadas.
Quero acreditar que o defeito e meu e que tenho percepcoes erradas, mas nao sou capaz.
Dizem.me que sou contra a situacao, quando na verdade, a propia situacao nao tem sentido.
Dizem.me que quero apenas contrariar, quando na verdade, o que sempre quis foi mostrar a minha verdade.
Despeco.me de tudo o que nao gosto com um sorriso bem rasgado e faco da vinganca uma corrida sem rumo.
Nao quero leva.la adiante porque sei que nao valeria nada.
Na verdade, ja rasguei umas quantas folhas por achar que as palavras nao soavam bem.
Continuam a nao soar mas... ha qualquer coisa que preciso de dizer e nao posso deixar de faze.lo, porque isso sim seria esmagar uma parte da minha personalidade.
E inevitavel deixar.me invadir por emocoes. Vejo, ouco e sinto demasiadas coisas que passam ao lado e que, simplesmente, sao banalizadas.
Quero acreditar que o defeito e meu e que tenho percepcoes erradas, mas nao sou capaz.
Dizem.me que sou contra a situacao, quando na verdade, a propia situacao nao tem sentido.
Dizem.me que quero apenas contrariar, quando na verdade, o que sempre quis foi mostrar a minha verdade.
Despeco.me de tudo o que nao gosto com um sorriso bem rasgado e faco da vinganca uma corrida sem rumo.
Nao quero leva.la adiante porque sei que nao valeria nada.
terça-feira, 22 de julho de 2008
sexta-feira, 18 de julho de 2008
quinta-feira, 17 de julho de 2008
Nao partas
Tira o meu coracao mas nao o partas e fragil muito fragil nao aguenta semi doencas.
se o quiseres partir deixa ser eu a faze.lo sera mais facil.
se o quiseres partir deixa ser eu a faze.lo sera mais facil.
quarta-feira, 16 de julho de 2008
Ver ao longe
Todos quantos intervêm na vida dos outros, quer seja a seu favor ou contra, são afinal de uma cobardia que escapa à observação dos melhor atentos. Cobardes por duas razões: primeira, por serem incapazes de se reconhecerem e darem a conhecer o seu próprio caso pessoal para a aceitação geral; segunda, porque, ao intervirem na vida dos outros, quer seja a seu favor ou contra, são incapazes também de abnegar da sua própria pessoa. Se alguém decide da sua vida para servir os outros e não renuncia a si mesmo, em que poderá ser equânime e admirável, justo e elucidativo? Respeitemos os que a tanto se afoitaram e se decidiram, mas desprezemos os que o fingem.
A condição para saber ver ao longe é estarmos dentro de nós se se trata do próprio, ou de ter renunciado a si se se trata dos outros.
Almada de Negreiros em Nome de guerra.
A condição para saber ver ao longe é estarmos dentro de nós se se trata do próprio, ou de ter renunciado a si se se trata dos outros.
Almada de Negreiros em Nome de guerra.
terça-feira, 15 de julho de 2008
Rock 'n' Roll lovers
Like Sid and Nancy
Jim and Pan
Cash and June
Lux and Poison
Kurt and Courtney
choose one.
and tell me.
Jim and Pan
Cash and June
Lux and Poison
Kurt and Courtney
choose one.
and tell me.
quinta-feira, 10 de julho de 2008
Meteorologia
Espreitei pela janela e nao havia sol nem chuva.
voltei para a cama esperando que um deles me acordasse, pois bem que esperei e esperei eles nao vieram e eu nao sai da cama.
dias e dias a fio a historia sera sempre a mesma.
voltei para a cama esperando que um deles me acordasse, pois bem que esperei e esperei eles nao vieram e eu nao sai da cama.
dias e dias a fio a historia sera sempre a mesma.
quarta-feira, 9 de julho de 2008
quinta-feira, 3 de julho de 2008
Psicose 4:48
"Estou a escrever uma peça chamada Quatro Quarenta e Oito Psicose. Tem semelhanças com Falta, mas é diferente. É sobre uma depressão psicótica. É o que acontece com a mente de uma pessoa quando as barreiras que distinguem a realidade das diferentes formas de imaginação desaparecem completamente. De maneira que já não consegues estabelecer a diferença entre a tua vida acordado e a tua vida em sonho. E também, não consegues – o que é muito interessante na psicose – não sabes onde é que tu acabas e o mundo começa. Por isso, por exemplo, se eu fosse psicótica, eu não sabia literalmente estabelecer a diferença entre mim, esta mesa e o Dan. Fariam todos parte de um continuum. E as diversas fronteiras começam a desabar. Formalmente também estou a deitar abaixo alguns limites. Continuar a fazer a forma e o conteúdo num só. Isso tem-se vindo a provar extremamente difícil e não vou dizer a ninguém como o vou fazer, por isso se algum de vocês chegar lá primeiro eu ficarei furiosa. Seja lá o que for que iniciei com Falta, desta vez vai um passo mais à frente. E para mim essa linha é muito clara e vai desde Ruínas através de O Amor de Fedra até Purificados e Falta e até esta agora. Para onde vai depois disso não tenho ainda a certeza."
Sarah Kane
Sarah Kane
quarta-feira, 2 de julho de 2008
A Cena do Odio
Eu queria cuspir-te a cara e os bigodes,
quando te vejo apalermado p'las esquinas
a dizeres piadas às meninas,
e a gostares das mulheres que não prestam
e a fazer-lhes a corte
e a apalpar-lhes o rabo,
esse tão cantado belo cu
que creio ser melhor o teu ideal
que a própria mulher do cu grande!
E casaste-te com Ela,
porque o teu ideal veio pegado a Ela,
e agora à brocha limpas a calva em pinga
à coca de cunhas p'ró Cunha examinador
do teu décimo nono filho
dezanove vezes parvo!
Almada de Negreiros
A cena do odio
quando te vejo apalermado p'las esquinas
a dizeres piadas às meninas,
e a gostares das mulheres que não prestam
e a fazer-lhes a corte
e a apalpar-lhes o rabo,
esse tão cantado belo cu
que creio ser melhor o teu ideal
que a própria mulher do cu grande!
E casaste-te com Ela,
porque o teu ideal veio pegado a Ela,
e agora à brocha limpas a calva em pinga
à coca de cunhas p'ró Cunha examinador
do teu décimo nono filho
dezanove vezes parvo!
Almada de Negreiros
A cena do odio
segunda-feira, 30 de junho de 2008
Nice to meet you
Jane foi deixada na berna da estrada nao tem nome nem local nao gosta de ver, de ouvir ou sentir.
Jane procura espaco de afirmacao nem usa pontuacao em qualquer que seja desvaneio que lhe venha a cabeca (ja saturada de tantas coisas que nem ela mesmo o lembra).
Jane doe e uma menina mulher, se a encontrarem nao lhe digam ola pois ela morde e tem patologias fatais que podem ser mortiferas ao comum mortal.
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